terça-feira, 30 de novembro de 2010

this is the end, my only friend

Um post introspectivo pra variar, dessa vez o assunto não é mídia nem trilha sonora alguma, mas o próprio blog. Oi, sou metalinguístico! Podemos dizer que o assunto que escolhemos para o blog não poderia ter sido melhor, afinal já constituía um hobby analisar trilhas sonoras e o blog nos deu a oportunidade de pensar melhor sobre isso, sobre o que faz uma trilha ser boa ou ruim, nos deu a chance de assistir novamente alguns de nossos filmes favoritos, o que é sempre bom.
Talvez o blog não tenha tido tantos acessos e quase nenhum feedback (só dos amigos, obrigado queridos!), mas seja porque as pessoas gostem de ler blogs que falam sobre celebridades num dialeto próprio que imita as "moças" que trabalham na Augusta. Da próxima vez, vamos ahazar, bee! Adoray! Se joga na trilha, pintosa!
Enfim, acho que não precisamos disso (ou precisamos?). Mas quer honestidade? Até temos a intenção de postar mais algumas vezes sobre nossas trilhas favoritas, mesmo que ninguém chegue a ler, mas depois de um tempo outras prioridades surgem e a falta de feedback desestimula a produção de novas postagens. Essa não é uma despedida - ainda- mas é o prenúncio de uma. Agradecemos aos nossos leitores/amigos, foi mais divertido do que pareceu!

domingo, 28 de novembro de 2010

Os Excêntricos Tenenbaums


Em uma vã tentativa de publicar um post no qual o MIXTAPE recriaria a trilha sonora de um filme aperfeiçoando-a, me encontro com a trilha sonora perfeita. Seria um sacrilégio tentar mudar qualquer uma das faixas que compõem a trilha de Os Excêntricos Tenembaums (The Royal Tenembaums - 2001), tanto as compostas para o filme por Mark Mothersbaugh quanto as outras músicas que embalam as cenas.
A história contada é a de uma família com três crianças talentosas que crescem cada uma com sua medida de ressentimento em relação ao pai, Royal Tenenbaum, que por sua vez tenta se reconciliar com a ex-mulher e filhos no final da vida sob um falso pretexto de doença terminal. Nenhuma sinopse é capaz de fazer juz ao filme, uma vez que não é a trama o mais fascinante, mas a forma que as personagens são construídas e apresentadas evoluindo ao longo do filme. Até os membros do elenco de apoio são cativantes e todos possuem -como a tradução brasileira adianta- certo grau de excentricidade.



Os Excêntricos Tenembaums
The Royal Tenembaums - 2001
Dirigido por Wes Anderson
  1. 111 Archer Avenue" Mark Mothersbaugh
  2. "Hey Jude" The Mutato Muzika Orchestra
  3. "String Quartet In F Major (Second Movement)" Ravel Ysaye Quartet
  4. "Sonata For Cello And Piano In F Minor" George Enescu - executado pela The Mutato Muzika Orchestra
  5. "Look at Me" John Lennon
  6. "Christmas Time Is Here (Instrumental)" Vince Guaraldi Trio
  7. "Margot Returns Home" Mark Mothersbaugh
  8. "I'm Dying" Mark Mothersbaugh
  9. "These Days" Nico
  10. "Something's Brewing" Mark Mothersbaugh
  11. "Look At That Old Grizzly Bear" Mark Mothersbaugh
  12. "Police & Thieves" The Clash
  13. "Wigwam" Bob Dylan
  14. "Mothersbaugh's Canon" Mark Mothersbaugh
  15. "Gymnopedie #1" Erik Satie
  16. "Lullabye" Emitt Rhodes
  17. "Raleigh & Margot" Mark Mothersbaugh
  18. "Me and Julio Down by the Schoolyard" Paul Simon
  19. "Scrapping & Yelling" Mark Mothersbaugh
  20. "Pagoda's Theme" Mark Mothersbaugh
  21. "Billy - Main Title" by Bob Dylan
  22. "Judy is a Punk" The Ramones
  23. "Needle in the Hay" Elliott Smith
  24. "How Can I Help (a.k.a. Sparkplug Minuet, 1st Movement)" Mark Mothersbaugh
  25. "Fly" Nick Drake
  26. "She Smiled Sweetly" The Rolling Stones
  27. "Ruby Tuesday" The Rolling Stones
  28. "Stephanie Says" The Velvet Underground
  29. "Rock the Casbah" The Clash
  30. "I Always Wanted To Be A Tenenbaum"Mark Mothersbaugh
  31. "Christmas Time Is Here (Vocal)" Vince Guaraldi Trio
  32. "Rachel Evans Tenenbaum (1965-2000)" Mark Mothersbaugh
  33. "Chas Chases Eli" by Mark Mothersbaugh
  34. "Sparkplug Minuet" Mark Mothersbaugh
  35. "Rooftop Talk (a.k.a. I Always Wanted to be a Tenenbaum, 2nd Movement)" Mark Mothersbaugh
  36. "The Fairest Of The Seasons" Nico
  37. "Everyone" Van Morrison
  38. "End Credits (a.k.a. Sparkplug Minuet, 3rd Movement)" Mark Mothersbaugh
Não tem porquê mexer em uma trilha sonora que tem Needle in the Hay (que inclusive é o pano e fundo de uma das cenas de suicídio mais lindas que já vimos), Velvet Underground e não uma, mas duas músicas da Nico.

Pra encerrar, fica de presente uma das minhas favoritas pessoais, a cena já mencionada de tentativa de suicídio de Ritchie Tenenbaum.

o Espectro Aberto e a Descentralização

O Espectro Aberto é um dos temas recorrentes da inclusão digital. O seu principal objetivo é possibilitar um acesso gratuito e universal da tecnologia, como por exemplo, de se expandir as redes wireless, assim como não se cobrar pelo seu uso.

Este movimento possui diversos “inimigos”. Os motivos e argumentos destes opositores variam. O primeiro e mais óbvio motivo é a ausência de pagamento, assim como a perda do lucro das empresas, que cobram por estes serviços. Porem, outro motivo é o fato de muitos acreditarem, que ao se universalizar a tecnologia, e se permitir o acesso de todas as classes sociais à ela, haverá uma perda e redução do material cultural sendo criado. E por ultimo, há o medo da descentralização do poder das mídias tradicionais para o das novas tecnologias.

Este “medo” é realmente um problema, que as chamadas mídias tradicionais devem enfrentar. Com a democratização do acesso a internet, haverá uma redução da televisão, esta que um dia também foi uma nova tecnologia e desbancou o tradicional rádio.

A internet possibilita uma abertura cultural e social muito maior que aquelas da televisão, rádio e jornais. O que impedia o crescimento verdadeiro dela era o seu custo. Enquanto, há a televisão aberta, a transmissão gratuita do rádio e de jornais, não era interessante para as classes mais baixas de se investir em um computador e no custo de manter-lo. Porem, agora entra o espectro aberto na história, fora os projetos governamentais, como o PC Conectado, que possibilitam a compra de computadores a baixos custos, as “antigas” mídias vem um forte concorrente. Já que este livre-acesso faria com que elas perderiam boa parte de sua audiência.

A inclusão digital, o espectro aberto, se seguirem adiante terão forte papel na perda do poder das mídias tradicionais, assim como dará quase todo o público delas para apenas um meio. E como já foi visto diversas vezes ao longo da história, nunca se é recomendado ter todo o poder, nesse caso publico, concentrado em um único local.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Comer, Amar e Rezar


Neste blog, sempre falamos de trilhas sonoras que gostamos e recomendamos. Agora, vou falar de uma que não gostei; é o caso da trilha do filme “Comer, Rezar e Amar”.

O filme tem Julia Roberts no papel de uma mulher de 30 e poucos anos que rompe um casamento e parte para uma viagem de um ano na Índia e Itália, locais para onde vai na tentativa de comer bem e entrar em paz consigo mesma. O filme em si já não é assim tão bacana; claro que ninguém vai no cinema ver um filme destes esperando ver o filme da sua vida... Mas o filme parece nunca acabar; tem duas horas e meia de duração! Além disso, tem o Javier Bardem no papel de um brasileiro (por que eles fizeram isso??).

Javier Bardem, assim como todo brasileiro caracterizando em Hollywood, ouve Tom Jobim e João Gilberto... E é claro, Bebel Gilberto! Pois é, toda música que os americanos acham que a gente ouve podem ser encontradas no filme, em um clichê quase ofensivo.

Além disso, a composição da trilha sonora em si é bem estranha; todas as músicas aparecem em par. Ouve-se duas músicas brasileiras, duas do Neil Young, duas do Eddie Vedder... Será que as gravadoras tavam com alguma promoção, do tipo “compre duas músicas pelo preço de uma”?

De qualquer forma, Neil Young aparece para salvar a trilha. Em minha opinião, Neil Young é sempre algo positivo (mesmo quando aplicado aleatoriamente e fora de contexto, como é o caso desta trilha...)

Realmente, para gostar desta trilha sonora, é preciso comer, amar e rezar muito... Mas muito mesmo!


Para ver a trilha, e conferir fragmentos da mesma: http://www.sonypictures.com/soundtracks/movies/eatpraylove/


domingo, 7 de novembro de 2010

RESENHA: PEÇA TEATRAL FERMENTO




Fica em cartaz até o próximo domingo (14 de novembro) a peça “Fermento”. Dirigida por Celeste Antunes, conta com a atuação dos jovens Pedro Bolo Catellani e Teresa Moura Neves, entre outros convidados especiais.

A peça conta a história de um casal, do momento em que se conhecem até quando decidem se separar. Até aí, nada de novo, ou nada que não tenha sido dito antes; porém, a peça supera clichês e lugares-comuns. Se foca em pequenos detalhes; naqueles momentos que parecemos não nos dar conta, mas que nos marcam. Dá atenção à tudo aquilo que sentimos, mas que achamos que é tão pessoal que ninguém mais vai entender. Fala sobre amor, separação, mas – antes de qualquer coisa – fala também sobre crescer. E é ai que mora o grande trunfo da peça; na capacidade de falar sobre o crescimento e as boas-vindas à vida adulta, sob o ponto de vista um elenco e uma diretora que também estão crescendo e aprendendo a ser grande.

Tanto a diretora quanto os atores principais não tem mais do que seus vinte e poucos anos. É a primeira peça que Celeste dirige. O que poderia acarretar numa seqüência desastrosa, resultou em um gracioso quebra-cabeça, composto por cenas pequenas e belas, marcadas por uma simplicidade e cuidado que prendem a atenção da platéia. É uma peça sem a pretensão e afetação que são marca registrada da maioria das inúmeras peças que vemos por ai. Uma composição de fatos cotidianos imperfeitos, de frases que a gente pensa, mas não diz.

Além disso, o cenário da peça é tão cuidadoso quando seu roteiro. O grande destaque vai para uma TV que projeta vídeos ao longo da peça. A TV está tão presente na mise-en-scène que é quase como um ator da peça, que em algumas horas interpreta um aquário; em outras, faz às vezes de um espelho, chegando também a fazer o papel da memória de cada um dos personagens.

“Fermento” é uma peça imperfeita e simples. É também complicada e se prende aos pequenos detalhes. Fala sobre temas universais, mas também sobre tudo aquilo que cada um de nós tem de mais particular. Em suma, “Fermento” é tão humana quanto cada um de nós. E é por isso que merece ser vista.

Fermento – Em cartaz no Espaço Crisamtempo (Rua Fidalga, 521, Vila Madalena) – dias 12 e 13 de dezembro às 21h; dia 14, às 19h. Entrada: R$ 10,00.


Por Tainá Mühringer Tokitaka
4ccm

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

(500) Dias com ela

Mais uma trilha favorita do MIXTAPE, uma daquelas que parecem ter saído direto do seu mp3 player. Apesar de parecer uma escolha óbvia, uma história de amor com uma trilha simpática, (500) Dias com ela (500 days of Summer, 2009) não é propriamente um filme romântico, é a história de Tom (Joseph Gordon-Levitt), um rapaz que se apaixona por uma linda e excêntrica garota, Summer (Zooey Deschanel), que não acredita no amor. 
Embalados -mais do que adequadamente- por músicas do The Smiths, (500) Dias com ela fala sobre as dores e delícias de se apaixonar, da contingência do amor e seus desencontros, principalmente desencontros. Sim, eu disse contingência, a discussão é profunda afinal, ou não?
Summer- I woke up one morning and I just knew.
Tom- Knew what?
Summer
- What I was never sure of with you.
(500) Dias com ela (500 days of Summer)
EUA, 2009
Dirigido por Marc Webb

  1. "A Story of Boy Meets Girl" - Mychael Danna and Rob Simonsen
  2. "Us" - Regina Spektor
  3. "There Is A Light That Never Goes Out" - The Smiths
  4. "Bad Kids" - Black Lips
  5. "Please, Please, Please Let Me Get What I Want" - The Smiths
  6. "There Goes The Fear" - Doves
  7. "You Make My Dreams" - Hall & Oates
  8. "Sweet Disposition" - The Temper Trap
  9. "Quelqu’un M’a Dit" - Carla Bruni
  10. "Mushaboom" - Feist
  11. "Hero" - Regina Spektor
  12. "Bookends" - Simon & Garfunkel
  13. "Vagabond" - Wolfmother
  14. "She’s Got You High" - Mumm-Ra
  15. "Here Comes Your Man" - Meaghan Smith
  16. "Please, Please, Please Let Me Get What I Want" - She & Him
Além da ilustre presença de The Smiths, Simon & Gafunkel ( que já apareceram aqui no MIXTAPE), a trilha conta com a primeira-dama da França, Carla Bruni (cujos talentos musicais surpreendem) e uma ótima versão de There's a Light That Never Goes Out feita pela dupla que a atriz Zooey Deschanel faz com o músico Matt Ward, a banda She and Him. Se a trilha de (500) Dias com ela ainda não figura no seu Ipod, aí está a chance de baixar, conhecer e assistir ao filme.





500 Days of Summer from Allen Kwan on Vimeo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Transmídia Trekkie

A Internet é um espaço no qual as mídias convergem para um só aparelho, ela permite que diversos produtos culturais como filmes, séries televisivas, anúncios publicitários, tenham uma extensão de conteúdo. A transmídia, que é precisamente essa amplificação de um produto cultural original de uma mídia para outras, é um fenômeno contemporaneamente característico da Internet, mas que possui antecedentes.
Um exemplo é a série televisiva dos anos 60 Star Trek, cujo sucesso tardio rendeu em 1967 uma novela gráfica, uma série animada em 1973, 11 filmes (Jornada nas Estrelas: O Filme, Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan, Jornada nas Estrelas III: À Procura de Spock, Jornada nas Estrelas IV: A Volta para a Terra, Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira, Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida, Jornada nas Estrelas: Generations, Jornada nas Estrelas: Primeiro Contato, Jornada nas Estrelas: Insurreição, Jornada nas Estrelas: Nêmesis e Star Trek) releituras em outras séries a partir da década de 80 (Star Trek – a nova geração , Deep space nine e Enterprise), jogos para computador, parque temático em Las Vegas, uma versão própria de Banco Imobiliário.
Talvez o mais impressionante aspecto transmidiático de Star Trek é a língua Klingon, que na série é provindo de uma espécie de alienígenas e deu origem a um Instituto da Língua Klingon. Inclusive, na série The Big Bang Theory os personagens fazem o tempo todo referências à Star Trek e chegam a jogar Scrabble em Klingon.
A Internet possibilita a reunião de todos esses conteúdos porque permite o encontro dos fãs de Star Trek ( os Trekkies) em uma única plataforma (por exemplo, no site do Star Trek você tem acesso a links para ver vídeos da série no youtube, ou ler HQs online), produzindo conteúdos de sua própria autoria como as fan fictions.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Primeira Noite de um Homem

Não há como negar, que a trilha sonora de A Primeira Noite de um Homem é um clássico. Isso ocorre simplesmente pelo casamento perfeito que a trilha tem com o roteiro. As composições originais são extremamente importantes para o decorrer da história, muitas vezes sendo elas que conduzem o pensamento dos personagens. 

O álbum produzido por Teo Macero, trás diversas composições da dupla musical, Simon & Garfunkel, composições que superaram a sua ligação com o filme e que são até hoje clássicos da cultura folk-rock.

Outra parte legal desta trilha é a utilização de uma mesma música, Sounds of Silence, em três momentos diferentes do filme. Algo que pode parecer repetitivo, mas que trás uma ótima dinâmica ao longa, assim como leva o espectador a sentir exatamente o que Benjamin, o protagonista, sente.

Esta trilha sonora é um exemplo perfeito de como "menos é mais", pois é extremamente simples e não muito comprida, porem é uma das partes mais importantes da historia, que esta sendo contada. Alem disso, ela também é a temporal, assim como o próprio filme. Já que os assuntos tratados em ambos ainda são muito presentes nos temas daqueles que acabam de virar adultos, e precisam escolher um caminho na vida.

A Primeira Noite de um Homem
EUA, 1967
Dirigido por Mike Nichols


Lado Um

  1. "The Sounds of Silence" (Simon & Garfunkel) – 3:06 
  2. "The Singleman Party Foxtrot" (Dave Grusin) – 2:52
  3. "Mrs. Robinson" (Simon & Garfunkel) – 1:12 
  4. "Sunporch Cha-Cha-Cha" (Dave Grusin) – 2:53
  5. "Scarborough Fair/Canticle (Interlude)" – 1:41
  6. "On the Strip" (Dave Grusin) – 2:00
  7. "April Come She Will" (Simon & Garfunkel) – 1:50
  8. "The Folks" (Dave Grusin) – 2:27

Lado Dois

  1. "Scarborough Fair/Canticle" (Simon & Garfunkel) – 6:22
  2. "A Great Effect" (Dave Grusin) – 4:06
  3. "The Big Bright Green Pleasure Machine" (Simon & Garfunkel) – 1:46
  4. "Whew" (Dave Grusin) – 2:10
  5. "Mrs. Robinson" (Simon & Garfunkel) – 1:12
  6. "The Sound of Silence" (Simon & Garfunkel) – 3:08




domingo, 17 de outubro de 2010

Maria Antonieta


Maria Antonieta de Sofia Coppola, trás uma trilha sonora muito interessante. O filme se passa
 no século XVIII, e relata a história da monarca Maria Antonia Josepha Johanna, duquesa da Áustria, que depois se torna rainha da França, através do casamento com Luís XVI. Porem, sua trilha trás diversos elementos de movimentos musicais dos anos 80, como o New Wave e o punk.

O filme se passa mesmo no século XVIII e sua arte (outro ponto fortíssimo do longa) faz jus a esta época. São as atuações, assim como a trilha que lhe dão um toque contemporâneo.

A trilha faz uso de The Cure, New Order, The Strokes entre outros. Mas, também aparecem nela peças barrocas clássicas de Antonio VivaldiJean-Philippe Rameau e Domenico Scarlatti. Causando um contraste muito forte e chamativo. Algo que incrementa muito o filme e o torna extremamente inovador.

Com a escolha desta trilha Sofia Coppola, consegue pegar uma história já muito conhecida e reconta-la de uma maneira divertida e inédita. 

Maria Antonieta
EUA, 2006
 Dirigido por Sofia Coppola


Disco Um

  1. "Hong Kong Garden (With Strings Intro)" – Siouxsie and the Banshees
  2. "Aphrodisiac" – Bow Wow Wow
  3. "What Ever Happened?" – The Strokes
  4. "Pulling Our Weight" – The Radio Dept.
  5. "Ceremony" – New Order
  6. "Natural's Not in It" – Gang of Four
  7. "I Want Candy (Kevin Shields Remix)" – Bow Wow Wow
  8. "Kings of the Wild Frontier" – Adam and the Ants
  9. "Concerto in G" – Antonio Vivaldi / Reitzell
  10. "The Melody of a Fallen Tree" – Windsor for the Derby
  11. "I Don't Like It Like This" – The Radio Dept.
  12. "Plainsong" – The Cure
Disco Dois
  1. "Intro Versailles" – Reitzell / Beggs
  2. "Jynweythek Ylow" – Aphex Twin
  3. "Opus 17" – Dustin O’Halloran
  4. "Il Secondo Giorno (Instrumental)" – Air
  5. "Keen On Boys" – The Radio Dept.
  6. "Opus 23" – Dustin O’Halloran
  7. "Les barricades mystérieuses" – François Couperin / Reitzell
  8. "Fools Rush In (Kevin Shields Remix)" – Bow Wow Wow
  9. "Aphex Twin – Avril 14th" – Richard James
  10. "K. 213" – Domenico Scarlatti / Reitzell
  11. "Tommib Help Buss" – Squarepusher
  12. "Tristes Apprêts, Pâles Flambeaux" – Jean Philippe Rameau / W. Christie
  13. "Opus 36" – Dustin O’Halloran
  14. "All Cats Are Grey" – The Cure


domingo, 10 de outubro de 2010

wallstreet 2



Para quem quer ir ao cinema, ver um filme bom e ainda ouvir uma trilha sonora de primeira, uma boa opção é o filme "Wallstreet - o dinheiro nunca dorme", continuação do filme homônimo da década de 80. Michael Douglas, Shia LaBeouf e Carey Mulligan estrelam este filme, que aborda a crise econômica de 2008. Dirigido por Oliver Stone, o filme apresenta uma edição incrível, tem bons momentos e uma boa trilha sonora.

As músicas do filme são quase todas  assinadas por ninguém mais, ninguém menos que David Byrne (TalkinHeads). Apresentando algumas parcerias com Brian Eno, a trilha de Wallstreet é daquelas que melhoram e marcam um filme.

Nos cinemas!

Wallstreet 2
EUA, 2010
Dirigido por Oliver Stone

1. Prison – Craig Armstrong
2. Home – David Byrne and Brian Eno
3. Life is Long – David Byrne and Brian Eno
4. Sleeping Up – David Byrne
5. Strange Overtones – David Byrne and Brian Eno
6. Money – Craig Armstrong
7. My Big Nurse – David Byrne and Brian Eno
8. Helicopter Reveal – Craig Armstrong
9. Tiny Apocalypse – David Byrne
10. Lazy – David Byrne
11. I Feel My Stuff – David Byrne and Brian Eno
12. This Must Be the Place (Naive Melody) – Talking Heads

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Os Famosos e os Duendes da Morte



Os Famosos e os Duendes da Morte” marcou a estréia de Esmir Filho na direção de longa-metragens. O filme foi o grande vencedor do Festival do Rio de 2009, além de ter sido selecionado para importantes festivais internacionais, como o Festival de Berlim.
O filme conta a história de Mr. Tambourine Man, um garoto que mora em uma pequena cidade do Sul. Ele quer ir até São Paulo, ver o Show do Bob Dylan; enquanto decide se fica ou se vai, revisita a história de Jingle Jangle, uma menina que assim como ele ansiava por coisas maiores do que sua cidade podia oferecer.
Durante toda a narrativa, referências ao Bob Dylan são feitas (razão mais do que suficiente para qualquer bom amante de música assistir ao filme!); mas a trilha sonora original foi toda realizada por Nelo Johhan, um jovem cantor do Rio Grande do Sul que utilizava (e ainda utiliza) a internet como maior forma de divulgação de seu trabalho. Nelo e Mr. Tambourine dependem da internet para fazer contato com o mundo externo; assim, as músicas de Nelo parecem captar com perfeição a essência do protagonista.
Para quem se interessou, todo o trabalho de Nelo pode ser conferido na internet, através do MySpace do garoto; http://www.myspace.com/bangbangjesus  ou de seu site; http://nelojohann.wordpress.com/ . Acessando o site de Nelo, é possível baixar gratuitamente toda sua discografia.
Para quem se empolgar e quiser saber mais também sobre o filme, vale conferir; wwws.br.warnerbros.com/osfamososeosduendesdamorte/

domingo, 26 de setembro de 2010

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain


O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, conta a história de uma garçonete francesa, moradora do bairro parisiense Montmartre, que busca mudar de forma positiva a vida das pessoas ao seu redor. Ao mesmo tempo em que faz isto, Amelie também lida com a sua solidão e seu isolamento do mundo.

O filme de Jean-Pierre Jeunet, tem em seu elenco:  Audrey Tautou, Mathieu Kassovitz, Serge Merlin entre outros. Ganhou quatro prêmios Césars, premiação mais importante do cinema Frances, dois prêmios Bafta, premiação mais importante do cinema Inglês, assim como foi indicado a cinco Oscars, inclusive de melhor trilha sonora.

A trilha do filme foi composta pelo musico e compositor Frances Yann Tiersen. A principio Jeunet tinha pensado em outro músico para compor a trilha. Porem mudou de idéia quando ao pegar uma carona com um de seus assistentes de produção ouviu o CD de Tiersen, se interessou por seu trabalho e pouco depois o contratou para musicar o filme.

Yann Tiersen trabalha muito com pianos, acordeões e violinos, mas tem um caráter extremamente criativo, trazendo bastantes elementos pouco conhecidos para suas composições. Entre estes elementos estão: vibrafones, cravos, banjos e até a utilização de uma roda de bicicleta no final da musica “La Dispute”.

O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
França, 2001
Dirigido por Jean-Pierre Jeunet



Trilha Sonora:


1. J'y suis jamais allé - 1:34
2. Les Jours tristes (Instrumental) - 3:03
3. La Valse d'Amélie (Original version) - 2:15
4. Comptine d'un autre été: L'après-midi - 2:20
5. La Noyée - 2:03
6. L'Autre valse d'Amélie - 1:33
7. Guilty (Al Bowlly) - 3:13
8. À quai - 3:32
9. Le Moulin - 4:27
10. Pas si simple - 1:52
11. La Valse d'Amélie (Orchestral) - 2:00
12. La Valse des vieux os - 2:20
13. La Dispute - 4:15
14. Si tu n'étais pas là (Fréhel) - 3:29
15. Soir de fête - 2:55
16. La Redécouverte - 1:13
17. Sur le fil - 4:23
18. Le Banquet - 1:31
19. La Valse d'Amélie (Piano) - 2:38
20. La Valse des monstres - 3:39


No link:
Da para se ter uma amostra das musicas do CD.


Le Fabuleux Destin D'Amelie Poulain Title Sequence

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Rede e Liberdade

Hoje em dia, baixamos músicas na internet a todo momento, sem nem nos perguntar de que tipo de mecanismo estamos nos utilizando. Por isso, decidimos falar um pouco sobre alguns conceitos que estão bem presentes no dia-a-dia de todos nós que baixamos nossas trilhas sonoras pela internet!

Primeiramente, falaremos das redes peer-to peer, que diferem das redes tradicionais; elas permitem que haja uma livre arquitetura das redes. De acordo com a Webopedia ( www.webopedia.com, citada no link http://www.gta.ufrj.br/grad/04_1/p2p/  ) as redes peer-to-peer podem ser definidas como;

“Um tipo de rede de computadores onde cada estação possui capacidades e responsabilidades equivalentes. Isto difere da arquitetura cliente/servidor, no qual alguns computadores são dedicados a servirem dados a outros. "

Estas redes pressupõe um feedback, interação entre servidor e cliente. Aquele que produz informação também pode ser aquele que a absorve, numa troca de papéis constante. Este inversão de papéis está presente em diversos elementos da rede, como por ex. nos Torrents.

Torrent é uma forma de extensão; "é um protocolo que permite os utilizadores (usuários) fazerem download de arquivos indexados em websites. Essa rede introduziu o conceito “partilhe o que já descarregou” maximizando muito o desempenho e possibilitando downloads rápidos e imediatos" (definição encontrada em http://suserania.wordpress.com/). Assim, você pode baixar o arquivo através de um servidor, ou de um usuário que esteja baixando o mesmo, de modo a otimizar a velocidade e disponibilidade de um mesmo arquivo.

Já deu para perceber que, com a internet, esta questão de quem produz e quem consome conteúdo se mistura cada vez mais, não? Com isso, dá para imaginar que a questão dos direitos autorais (como já comentado em outro post aqui neste blog) se torna cada vez mais complicada.  Por isso, um conceito importante de ser compreendido é o das Licenças creative commons.

Tal licença "não significa abrir mão dos seus direitos autorais. Significa oferecer alguns dos seus direitos para qualquer pessoa, mas somente sob determinadas condições." (mais definições e explicações podem ser encontradas em http://www.creativecommons.org.br/)

Com isto, as licenças creative commons implicam em uma nova forma de se pensar nos direitos autorais. Não acabam com estes, mas o adaptam a uma nova forma de cultura em rede; os direitos continuam preservados, mas autoriza-se as pessoas a reproduzirem seu conteúdo, sempre dando crédito a quem o produziu. Além disso, você permite que as pessoas tenham acesso ao que você produziu, mas sem nenhum tipo de uso comercial. Pode também "pode permitir que outras pessoas distribuam obras derivadas somente sob uma licença idêntica à licença que rege sua obra", ou não permitir que obras derivadas sejam distribuidas como sendo suas.

Assim, você amplia o acesso à informação, mas consegue preservar os direitos autorais.

Outra idéia importante de ser compreendida é a das licenças GNU (General Public License). Com este tipo de licença, todos podem copiar e utilizar um determinado conteúdo, mas sem modificá-lo. Esta licença serve para softwares (é a utilizada pelo Sistema Linux) e permite a difusão e aproveitamento de programas, mas sempre preservando as chamadas "liberdades originais". De acordo com a Wikipedia, se baseiam em quatro pontos principais;
  1. A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito
  2. A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessidades. O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
  3. A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo.
  4. A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie deles O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.
Bom, depois de toda essa discussão, dá para perceber que com a internet se torna cada vez mais complicado pensar em produção e consumo de informação como se pensava anteriormente. Cada vez mais, os papéis de produtor/consumidor se mesclam, como vimos nas redes peer to peer e nos torrents. Por isso, é necessário também pensar em modelos que preservem os direitos autorais, sem minar a liberdade e difusão da informação oferecidas pela rede (como é o caso das creative commons e das GNU).

Cultura do Remix

Existe hoje uma tendência na produção cultural que consiste na apropriação de produtos pré-existentes e na realização de uma releitura sobre eles, que pode ser caracterizada como Cultura do Remix. O espaço em que predomina a Cultura do Remix é a internet, especialmente por haver uma dificuldade de controle sobre o que é nela veiculado e por seu conteúdo ser produzido em grande parte pelos próprios usuários, o ambiente se torna razoavelmente plástico, possibilitando o desfrute (quase) livre sobre a podução cultural, que se torna passível de reedição.
É relevante reforçar que a internet só proporciona esse ambiente de relativa liberdade autoral pela dificuldade de controle que existe sobre a propriedade intelectual, que procura preservar seus direitos de forma mais voraz e gera entraves na produção remixada sob o pretexto de defesa anti-pirataria, impedindo sua democratização.
Sites de vídeos como o Youtube, cujo conteúdo é massivamente produzido por usuários e se utiliza amplamente de reedições, possui mecanismos de rastreamento sobre trilhas sonoras, qualquer vídeo publicado precisa ter um trilha original ou remixada de forma irreconhecível, pois se qualquer parte de uma música é reconhecida ela é imediatamente bloqueada pelo site.
Uma forma alternativa encontrada foi a recriação teatral musical da série de livros Harry Potter por um grupo de fãs da Starkid Productions que não cobra para se apresentar e veicula gratuitamente seus vídeos pela internet (uma vez que não possuem os direitos sobre os livros e não podem de nenhuma forma lucrar sobre eles).