terça-feira, 31 de agosto de 2010

Blogs que recomendamos

Quem tem blog sempre segue outros blogs (e quem não tem, também). Neste post, contamos pra vocês os blogs que lemos e gostamos.

Blogs sobre trilhas sonoras:

A trilha Sonora - http://www.atrilhasonora.com/
Blog alimentado por estudantes de jornalismo da UFF. Bem organizado e completo, o blog apresenta ainda uma série de entrevistas com músicos e profissionais do mercado fonográfico.

Reel Soundtrack - http://reelsoundtrack.wordpress.com/
blog em inglês super completo; apresenta não apenas resenhas sobre trilhas sonoras, mas também imagens e dowload destas.

Soundtrack Geek - http://soundtrackgeek.com/
site que também mantém um blog sobre trilhas sonoras geek. Apresenta podcast, soundcast e soundtracks reviews (detalhe; estas são avaliadas segundo um geek score). Vale a visita.

ViageMusical Trilhas Sonoras - http://viagemusical-trilhas.blogspot.com/
blog com um ótimo diferencial; fala não apenas de trilha sonora de filmes, como os blogs anteriores, mas também sobre trilha de seriados e novelas.

Outros blogs:

Anota pra lembrar - http://anotapralembrar.wordpress.com/
Blog sobre mídia e seus suportes; dicas de livros sobre mídia, posts sobre teóricos do assunto e até um poema de Glauber Rocha enriquecem este blog.

Talking Bodies - http://talkingbodies.wordpress.com/
blog sobre exmpressão corporal, com bons posts sobre o assunto. Fornece um referencial teórico sobre o assunto, de maneira divertida.

Sessão Trailer - http://www.sessaotrailer.blogspot.com/
Blog sobre trailers de cinema; ótimo tema (afinal, quem nunca foi ver um filme apenas pelo trailer deste?. O blog também inclui curiosidades sobre o tema. Por exemplo; você sabia que trailers também tem making of?

Yada Blah Etc e Tal - http://yadablahetcetal.tumblr.com/
Blog sobre arte, música, fotografia e etc. Cheio de referências e imagens incríveis!

domingo, 29 de agosto de 2010

Cultura das Mídias e Cultura Digital


Em uma tentativa de definir os contornos dos fenômenos comunicacionais contemporâneos, Lúcia Sataella traça um panorama evolutivo das diferentes Eras da Comunicação em seu texto “Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do pós humano”. Logo no início do texto, a autora defende sua predileção pelo termo cultura em oposição a era porque ele melhor define o processo por meio do qual as sociedades humanas se transformam através dos meios de comunicação dominantes.
A Cultura das Mídias é uma formação que se dá historicamente num período intermediário entre o da Cultura de Massa e o da Cultura Digital.A passagem de uma cultura pra outra implica não só uma mudança nos meios, mas no conteúdo simbólico em circulação e na percepção humana. Essas passagens se dão através do que Lúcia Santaella caracteriza como um “processo cumulativo de complexificação”, ou seja, os elementos de uma nova formação cultural já estavam e certa forma contidos na formação anterior.
A partir de uma explosão de novos meios midiáticos que mudam a forma de consumo, a Cultura das Mídias faz com que o consumo em massa seja segmentado em nichos específicos, gerando a possibilidade de escolha. Outra característica importante dessa formação cultural é o aparecimento de mensagens de caráter híbrido, que culminarão na conversão das mídias na Cultura Digital.
A Cultura Digital, por sua vez, é ainda mais fragmentada e especializada do que sua antecedente, pois não se basta em segmentação de público, mas vai mais além consistindo numa uma busca individualizada pela informação. A Cultura Digital permite a expansão do potencial das mídias, gerando em torno de cada uma delas um universo incrivelmente específico.
Um exemplo de convergência de mídias no meio digital é a série de televisão The Office, na qual em um dos episódios é criado um blog para o personagem Creed Bratton ( interpretado por um ator de mesmo nome). O blog realmente foi ao ar no site da NBC e pôde ser acompanhado pelos fãs, embora não haja nenhum post recente, há um arquivo extenso e hilário. The Office também lançou mini-séries apenas em seu site oficial, que se concentram em personagens secundários, expandindo o universo da série.
 Através desses links, é possível ver o blog sendo criado na série e o blog de Creed  no site da NBC.

MAGNOLIA


“Magnolia” conta a historia de nove diferentes personagens, que através de diversas ligações pessoais e profissionais se “esbarram” uns nos outros.

O filme do renomado escritor e diretor Paul Thomas Anderson, conta com um forte elenco, como: Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, John C. Reilly, William H. Macy e Tom Cruise (em uma surpreendente e ótima atuação).

 A trilha De "Magnolia" é praticamente um personagem do filme. Muitas das musicas tendo uma ligação essencial com a cena apresentada enquanto toca. A importancia dessa trilha é mostrada em um cena onde o elenco principal inteiro chega a cantar a mesma música (Veja no Video abaixo).

Das 13 faixas, seis foram escritas pela americana Aimee Mann. E uma curiosidade: de todas estas seis musicas apenas duas ("You do" e "Save Me") foram escritas especificamente para o filme. As outras quatro apesar de parecerem ter sido feitas para esta história, já faziam parte da discografia de Aimee.

Outras participações são de: Jon Brion, Gabrielle e da banda inglesa Supertramp.  
Parte da trilha de Magnolia pode ser escutada neste link:
 
 
Magnolia
EUA 1999
Dirigido por Paul Thomas Anderson



1. One
2. Momentum
3. Build That Wall
4. Deathly
5. Driving Sideways
6. You Do
7. Nothing Is Good Enough (Instrumental)
8. Wise Up
9. Save Me
10. Goodbye Stranger
11. The Logical Song
12. Dreams
13. Magnolia



Segue abaixo um trecho do filme:

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ONCE - Apenas Uma Vez



O filme “Once” foi uma produção de baixíssimo orçamento (custou U$S 160 000) rodada na Irlanda. Longe de ser um filme tecnicamente perfeito, poderia muito bem ter permanecido como uma pequena produção completamente desconhecida, não fosse por sua trilha sonora.

Estrelado por Glen Hansard e Markéta Irglová (ele músico irlandês e ela cantora checa), o filme conta a história do encontro entre um músico de rua e uma vendedora de flores que encontram na música um amor em comum. A trilha do filme é composta exatamente pelas músicas que irão ser fruto deste encontro; vale ressaltar que Glen e Markéta compuseram todas as músicas do filme.

Em 2008, Glen e Markéta subiram ao palco para receber o Oscar de melhor canção original por “Falling Slowly”, carro-chefe da trilha sonora de “Once”. A parceria entre eles deu tão certo, que começaram a namorar e criaram a banda “The Swell  Season” (www.myspace.com/theswellseason), que irá se apresentar em São Paulo no próximo dia 27.


- A trilha sonora de Once pode ser inteirinha conferida no site oficial do filme - http://www.foxsearchlight.com/once/

Once – (Traduzido no Brasil por “Apenas Uma Vez”)
Irlanda, 2006.
Dirigido por John Carney.

Trilha Sonora:
1. Fallin Slowly (confira no vídeo abaixo)
2. If you Want Me
3. Broken Hearted Hoover Fixer Sucker Guy
4. When your mind’s made up
5. Lies
6. Gold
7. The Hill
8. Fallen From The Sky
9. Leave
10. Trying to Pull myself away
11. All the way down
12. Once
13. Say it to me now

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Urgência de uma Filosofia da Fotografia

Vilém Flusser, em seu texto “A urgência de uma filosofia da fotografia”, aprofunda o conceito da máquina fotográfica como modelo de caixa preta, que se aplica a todos os aparelhos. Conceito amplamente trabalhado em seu livro “Filosofia da caixa preta” (o texto aqui discutido é capítulo integrante deste), implica a ideia de que todo aparelho implica “automação e jogo”.

Isto significa que todo aparelho possui um programa, que precisa ser decodificado, compreendido por aquele que o manuseia, para que este seja branqueado; torne-se passível de compreensão e manipulação, indo além de um uso passivo e automático.

Neste texto, o autor tenta expressar a necessidade de uma filosofia da fotografia, afim de que os mecanismos operantes sejam decodificados, e o fotógrafo possa não mais à mercê do aparelho, mas sim livre; que aprenda a jogar contra o aparelho.

Flusser alerta-nos para as condições pós-históricas nas quais a fotografia deve ser analisada. Ela, ao tornar-se modelo, modifica as condições de sua existência. A partir da fotografia, o próprio pensamento humano passa a operar em uma condição pós-histórica. Nas palavras de Flusser; “estamos pensando como pensam os computadores”. Informaticamente, imageticamente, não linearmente.

Flusser crê que há, conforme comentado anteriormente, uma possibilidade de liberdade do fotógrafo em relação à fotografia. Afirma que o aparelho pode ser enganado e seu programa, modificado; que a intenção da máquina pode subordinar-se a intenção humana. Em resumo, que é possível enganar o aparelho.

Porém, uma vez que o próprio pensamento humano opera conforme o aparelho fotográfico, estaremos sempre subordinados à sua estrutura. Assim, por mais que possamos branquear a caixa e compreender seus mecanismos de funcionamento, nunca poderemos deixar de nos subordinar a esta. Enganar o aparelho, em última instância, significa enganar a nós mesmos.

Concordo com quem disse; “ser livre é saber o que te prende”.

Mix Tape

Esse não é um blog sobre música ou filmes, mas sobre os dois em seu ponto de convergência: as trilhas sonoras. As autoras desse blog talvez não tenham uma notória propriedade no assunto, mas têm afeto, entusiasmo e até certo furor sobre ele, o que deve ser suficiente.

Os textos encontrarão cada um seu foco dentro do vasto campo abordado, ora trilhas originais, ora cenas indissociáveis da música que as acompanha, ora compilações de músicos reunidos em uma trilha que pode ser perfeitamente dissociável do filme que a lançou, os sucessos e fracassos, os desconhecidos e os clássicos.

Não se pode deixar de mencionar a parcial inspiração no filme Alta Fidelidade, baseado no romance homônimo de Nick Hornby, por ser essencialmente um filme que se cerca de referências musicais.

O blog reunirá uma sucessão de textos, fichas de trilhas sonoras e quem sabe até uma ocasional lista Top 5, nos moldes de uma fita cassete feita a partir das regras de Rob Gordon (imortalizado por John Cusack), personagem que protagoniza o filme :

“The making of a great compilation tape, like breaking up, is hard to do and takes ages longer than it might seem. You gotta kick off with a killer, to grab attention. Then you got to take it up a notch, but you don't wanna blow your wad, so then you got to cool it off a notch. There are a lot of rules.(...)”